sábado, 24 de março de 2018

Sentimento de Raiva


COMPREENDA O SENTIMENTO DE RAIVA


A raiva é uma das emoções mais presentes na vida moderna.
Esteja muito bem escondida dentro de nós ou sendo expressa violentamente, ela nos incomoda e provoca culpa.
Afinal, quem gosta de alguém que sente raiva?
Certamente, a raiva pode preencher alguém com uma energia tão intensa que é quase impossível ficar por perto dela sem se sentir afetado.
Muitas são as reações: sentir raiva também, medo, constrangimento ou simplesmente incômodo.
De todo modo, pouquíssimos de nós ficariam indiferentes ou compassivos a ela.
Então, quando esta onda furiosa vai embora, sobram a vergonha, o mal-estar, as consequências - objetos quebrados, relacionamentos desfeitos, acidentes - e uma sensação muito grande de arrependimento.
É bem provável que, por causa disso, muitos tentem suprimir a raiva, escondendo-a por trás de sorrisos complacentes, alimentando-se rapidamente, jogando ou amassando objetos, praticando alguma espécie de esporte ou mesmo tornando-se pessoas ríspidas, fechadas ou irônicas.
Em estado de contenção a raiva só vai se acumulando e se tornando cada vez mais poderosa.
Por isso, bastará apenas um motivo, inclusive o mais tolo, para que ela seja totalmente liberada.
É aí que a pessoa, até então tão controlada, aparecerá frente seus familiares e conhecidos totalmente modificada, transtornada, fazendo coisas inacreditáveis. As pessoas não conseguirão entender como algo tão insignificante gerou uma reação tão tempestuosa.
Mesmo assim, a raiva é algo tão natural que melhor que tentar escondê-la é simplesmente deixar que ela flua livremente.
Por isso, nosso esforço não deve ser em conter a raiva. Devemos deixar que ela se expresse e que vá embora naturalmente, já que suas raízes estão fincadas em apenas uma vontade, muito presente: a de tudo controlar.

O que mais gera raiva dentro de nós é o nosso sentimento de impotência frente a nossa falha em controlar uma pessoa, uma situação ou a nós mesmos. 

Realmente não poderia ser diferente. Controlar significa gerar alguma espécie de tensão. Isso explica porque é tão difícil alguém superar um vício, emagrecer ou mesmo se relacionar quando o que o move é o sentimento do controle.
Por isso, quando sentir raiva, pergunte-se: "o que estou querendo controlar?" e aceite que não cabe a você dominar a situação ou quem quer que seja. Tente se adaptar, relaxe e encontre outras formas de resolver o que precisa.

Confira algumas dicas:

  •          A primeira coisa a fazer é não negar a raiva. Ela existe, portanto, aceite-a;
  •          Grande parte da nossa raiva é gerada por coisas sem importância, por isso, avalie se realmente vale a pena estragar o momento e até mesmo o dia, por causa de um mal-entendido ou de algo fora do lugar;
  •         Canalize a raiva para algo positivo, como uma atividade produtiva  como a arte ou um exercício físico. Nada de descontar sobre as pessoas, plantas, animais, objetos ou mesmo em tarefas que podem ficar "impregnadas" com aquela energia, como preparar uma comida para você ou outra pessoa;
  •          Por fim, não culpe ninguém pelo que você está sentindo. A raiva começou em você e terminará em você. O mundo exterior é apenas uma desculpa.
  •        Enfim, não tema a raiva, não a esconda. Liberte-a!



quarta-feira, 21 de março de 2018

Que cor é a sua casa?


Que cor é a sua casa?



Já sabemos que as cores influenciam nossas emoções a nossa imagem e vestuário, mas e a sua casa?
Cada cor revela um pouco da personalidade de cada pessoa e traz a sensação que queremos proporcionar no nosso cantinho.
As cores podem dar a impressão de aumentar ou diminuir o ambiente, dar mais luz ou causar estímulos.
Pode ainda acolher e transmitir paz e tranquilidade.

Vamos falar de COR….


A cor branca, o gelo são cores neutras que podem deixar o ambiente apático. São usadas para clarear ambientes escuros e dar a sensação maior do espaço. É importante ao escolher a cor branca na pintura das paredes que a decoração e mobília se destaque com cores alegres.

Verde – cor que representa a esperança, o verde lembra a natureza, equilíbrio e pode trazer tranquilidade, a quietute, é relaxante, ajudando aliviar o estresse.

Azul – cor que refresca ambientes quentes, traz paz de espírito, amabilidade, calma e paciência. Cor que leva a intuição.

Vermelho – cor quente, que representa paixão, sensualidade, e muita emoção. O vermelho reflete energia e pode se tornar agressiva se for usada de forma exagerada. A dica é pintar uma parede, clareando as demais com um branco ou bege claro. Usar peças de decoração vermelha também e uma forma de usar a cor no ambiente sem exagerar.

Amarelo – cor aconchegante e alegre, que tem efeito como raios de sol, levando a criatividade, prosperidade e diversão. Ótima para animar ambientes de estudo, escritórios sala de estar.

Violeta – cor mística, que promove a calma, a paz, a inteligência e criatividade. Cor que transcende as barreiras levando a intuição, e algo mais espiritual. Ótima para momento de relaxamente e meditação, trazendo conforto e aconchego. A cor violeta forte pode ser depressiva.

Preto – cor neutra, sofisticada e que pode ser usada com qualquer outra cor, mas sempre com moderação. Ela vai dar a sensação de um espaço menor e causar a sensação deprimente se usada em excesso.

Laranja – cor que transmite calor, muita energia, representa fartura e muita alegria. Ela ilumina o ambiente e desperta a criatividade.

Escolha o que quer transmitir através da cores.
Escolha acima de tudo a cor que faz sentido para você, que te traz boas lembranças que te deixa feliz.

Ouse, brinque com as cores!
                                                                                                           Jana Rodrigues
                                                                                                    Arteterapeuta

sexta-feira, 9 de março de 2018


A natureza dos processos criativos
Você se considera criativo?
Para ser criativo, é necessário pensar de formas diferentes?
Já se sentiu diferente? Estranho, excêntrico e até insano?


Em enumeráveis períodos da história humana, pensar fora da caixa foi (e ainda pode ser) um indício de anormalidade.

O engajamento em formas cotidianas de criatividade original não necessita obrigatoriamente de sofrimento por parte de um criador. Contudo, o sofrimento é um componente de uma doença mental e, apesar das crenças tradicionais sobre as pessoas criativas enfermas, tal perturbação pouco contribui para os insights de inspiração e criatividade.

É claro que praticar arte em suas variadas formas – como escrever um livro, pintar um quadro, elaborar um filme ou criar uma ilustração – pode tornar alguém mais curioso, espontâneo, energético e entusiasmado, além de intrinsecamente motivado por sua atividade.

Segundo Rothenberg:

“A alegação comum é que a extrema euforia e produtividade são características tanto do trabalho criativo quanto de doenças bipolares. Como a doença, no entanto, esses recursos são involuntários, desprovidos de julgamento, e distorcidos, ao passo que a criatividade dos produtores é proposital, e resulta em euforia quase sempre da realização excepcional.”

Zorana Ivcevic, doutora em psicologia na Universidade de Tufts, realizou uma pesquisa sobre diferenças comportamentais entre criativos e pessoas que não costumam exercer a criatividade em suas atividades cotidianas. Aqueles com alta pontuação na criatividade relataram sentir uma maior sensação de bem-estar e crescimento pessoal em comparação com seus colegas que se envolveram menos em comportamentos criativos diários.

Apesar de muitos criativos terem vivenciado experiências traumáticas em estágios de vida iniciais, essas pessoas, através de sua arte, podem transformar adversidade em crescimento criativo e pessoal.

De acordo com Rothenberg, quando uma pessoa criativa é doente mental, a produção de criatividade deve ser realizada durante os períodos de baixa atividade dos sintomas de ansiedade.

Isso é adequado porque a ansiedade produz medo e, possivelmente, paralisa o indivíduo, enquanto a criatividade envolve a capacidade de se mexer, mudar e melhorar todos os aspectos de um ambiente.

Existem muitas pesquisas mostrando que a criatividade está ligada ao funcionamento normal e saúde mental elevada. Os processos criativos são, em boa parte, conscientes, não súbitos momentos de falta de discernimento, e esse trabalho árduo também destaca uma pessoa altamente produtiva.

Quando uma pessoa se envolve no trabalho criativo, ela atinge um estágio de “experiência de pico”, que representa o auge do desempenho humano eficaz.

Quando pacientes com transtornos mentais são informados de que há uma ligação entre sua doença e criatividade, isso aumenta sua moral e autoestima. E eles são mais propensos a tomar a medicação e se cuidar quando ficam sabendo que, controlando suas desordens, podem melhorar seu potencial produtivo.

Dessa maneira, as pessoas com doenças mentais podem se motivar ao transformarem suas patologias em recursos de criação, ao invés de se limitarem por seus problemas opressores.



fonte: Brain Pickings, Psychology Today e Huffington Post